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POESIA
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Um só
O amor é como um rio
Antes, pequeno riacho
Percorrendo seu próprio desafio
Não tem asas
Não tem aspas
Não tem umbigos
Não tem amigos
Tem suas próprias cadeiras para sentar
Como se fosse um rei devasso
Um imperador mendigo
Ou o próprio laço de um caçador
Perdido na noite
Deixando a Lua nascer e morrer
Como se isso fosse tudo
Mais nada houvesse
Que justificasse
Tanto amor
Tanto brilho
Tanta beleza em um só filho.
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CARTAS PERDIDAS
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memória do ser
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AVE DA VIDA
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a serviço do ser
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PROSA
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Tem dias que sim, tem dias que não...
A vida, não fosse tão diversa, dividida e divertida, seria sem graça (com “g” minúsculo). E por que digo isso?
Porque não é fácil conciliar “o bem e o mal” dentro de nós... Que o digam poetas, marinheiros ou quem já passou do terceiro casamento...
Tem dias que alguma coisa é boa, nos fazem e não custa tão caro.
Tem dias que, de repente, essa coisa boa torna-se tão má...
Tem dias que alguém nos parece ser muito bom.
Tem dias que, não mais que do nada, nos causa um transtorno danado...
Assim é que, na verdade, tudo tem seu início dentro de nós, toda história constrói seus personagens dentro de nós e vai enredando por caminhos que fogem ao nosso controle.
Não vem ao caso nos considerarmos distraídos, desprovidos de bom senso ou amantes do transitório, e sim admitirmos que uma força maior rege nossas vidas, à revelia de nossas boas ou más intenções.
Por isso, eu e a minha namorada optamos por um casamento moderno, em que cada um mora em sua própria casa, cuida de seus próprios fantasmas e ainda dá de comer ao seu próprio cachorro (ela, ao Zeca; eu, ao Juca).
Quando a gente estiver bamba das pernas, um se agarra no outro e os dois vão se mantendo em pé até que a morte nos separe (esta sim, inquestionável, indiscutível e inadiável).
Desta forma é que estamos já há seis anos “juntos”, tendo como ponto de equilíbrio apenas nosso sentimento sincero. Quanto ao restante, tudo tem dias que sim, tem dias que não...
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EDITORA ANO 1
CNPJ 12.717.614.0001/78
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