sábado, 23 de janeiro de 2010

POETA E ESCRITOR, GIBSON AZEVEDO COMENTA AS FIGURAS POPULARES NATALENSES "IN MEMORIUM"


Estou vivendo na minha querida Natal há quarenta e um anos... Assisti o seu crescimento, a sua transformação de província para metrópole. Fui partícipe dos ares de grande cidade que, a pequena urbe daqueles dias, adquiriu no trascorrer destes anos. Amiudando os seus dias, conheci alguns personagens da história popular deste queridíssimo reduto humano. Principalmente, os artistas... Cito alguns: Zé Mininim, Zé Minhoca, Britinho, Rei do Bico, André da Rabeca, a Paraguaia e outros tantos, que pululam ou pulularam na cena urbana do nosso arruado. Dividi este saboroso espaço cívico com todos eles. Com muito orgulho! Natal, todavia, não consagra nem desconsagra ninguém (frase que gerou uma celeuma quanto a sua criação: Uns, acham que foi criada por Câmara Cascudo. Outros, esbravejam e diz que é obra do poeta Esmeraldo Siqueira). Não querendo entrar no mérito da discursão, assim mesmo, aprovo o seu enunciado; este, repleto de verdades. Noto com alegria, as homenagens póstumas, que se nos prometem acontecer, nos dias subsequentes a sua morte. É bom que realmente aconteçam, pois não é o costume corrente entre os nossos concidadãos. Lembro da morte do poeta maldito e popular Milton Siqueira; figura que povoou, com sua existência e sua arte, várias décadas do nosso cenário urbano. Pois bem, estávamos no seu velório e sepultamento; eu, Juliano Siqueira, Justiniano Siqueira(Mano, meu cumpadre), uma senhora que cuidou dele nos últimos dias de vida, junto com o seu marido. Ao todo, afora os coveiros, cinco pessoas. Ninguém mais...Deixou-me tarciturno, aquelas exéquias...Será que Natal mudou? Em todo caso, viva André da Rabeca! Valeu, caro operário da música!Natal, hoje, se encontra mais vazia.

Nenhum comentário: